Observando o Contexto: Uma Comparação entre Métodos de Avaliação de Interfaces com Usuários Deficientes Visuais
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Autores: Simone Bacellar Leal Ferreira, Denis Silva da Silveira & Eliane Capra
Publicado em: Anais do III EnADI - Encontro da Administração da Informação – Porto Alegre
Ano: 2011
Esforços têm sido desenvolvidos para tornar a acessibilidade uma realidade mundial. Acessibilidade é o termo geral usado para indicar a possibilidade de qualquer pessoa, independente de sua capacidade físico-motora, social ou cultural, usufruir de todos os benefícios de uma vida em sociedade, inclusive do uso da internet. No Brasil, em 2008, o Congresso Nacional ratificou com quórum qualificado a “Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência”, que prevê que, a falta de condições de acessibilidade nas cidades e instituições, configura-se discriminação contra as pessoas com deficiência. No contexto da web não tem sido diferente. Por fazerem parte de um veículo de comunicação como a internet, através das quais a uma variedade informação é transmitida a um grande número de pessoas, as interfaces devem ser projetadas de forma que todas as pessoas possam acessá-las e interagir com elas. Assim, deve-se projetar interfaces em conformidade com as diretrizes de acessibilidade e com foco na usabilidade. Para isso, projetistas de interfaces devem realizar avaliações dessas interfaces, de modo a analisar se seus requisitos satisfazem aos critérios de qualidade, inclusive seu caráter “amigável” e “acessível”. Obter interfaces que atendam a muitos usuários, com diferentes características, não é trivial; é essencial que se avalie as interfaces e se analise as interações entre seus diversos tipos de usuários. Os métodos de avaliação de interfaces que envolvem diretamente os usuários são fundamentais para a qualidade do sistema, pois possibilitam identificar muitos problemas de acessibilidade. Com o foco em pessoas com deficiência visual total, o presente trabalho teve por objetivo analisar diferentes métodos de observação envolvendo esses usuários, a fim de apoiar os profissionais de sistemas na identificação de características e problemas, que podem ser solucionados ou minimizados durante as avaliações de interfaces. Para isso, foram comparados dois métodos de avaliação com a participação de usuários deficientes visuais: (a) o método realizado no contexto de uso dos usuários e (b) o método em um ambiente controlado. Ao realizar esses testes foi possível verificar como esses usuários interagem com os sites e entender quais as dificuldades encontradas durante essa interação, observando quais as soluções que eles procuram para atingir seus objetivos durante a navegação na web. Também foi possível elaborar uma lista comparativa entre os métodos estudados, a fim de apoiar os profissionais de sistemas na identificação de características e problemas, que podem ser solucionados ou minimizados durante as avaliações de interfaces, e assim, facilitar o processo de desenvolvimento de sistemas centrado em usuários com deficiência visual total.
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Link para publicação oficial: http://www.anpad.org.br/diversos/trabalhos/EnADI/enadi_2011/2011_ENADI151.pdf