Catálogo de Entendimento de Informações Gráficas para Cidadãos Cegos
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João Marcelo dos Santos Marques
Programa de Pós-Graduação em Informática – Mestrado – Departamento de Informática Aplicada da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)
Data da defesa: 27/06/2017
Com o avanço da internet e a era da transparência, diversas organizações começaram a divulgar uma variedade de informações e serviços na web. Porém muitas dessas informações são inacessíveis para os deficientes visuais totais (cegos), que segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referente a Amostra do Censo de 2010 estes são num total de 506,3 mil pessoas.
O acesso a todo tipo de informação é um direito assegurado por leis, diretrizes, recomendações de acessibilidade, como a Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527/11) que prevê a adoção de medidas que possam garantir a acessibilidade ao conteúdo web e o Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico (EMAG) que contém recomendações voltadas às necessidades do governo brasileiro. Porém informações apresentadas em forma gráfica são um tipo de informação praticamente inacessível aos cegos.
Buscando reduzir esta falta de entendimento sobre informações gráficas para os cidadãos cegos, a presente pesquisa teve como propósito identificar as principais dificuldades no entendimento de gráficos em sites governamentais para este público alvo. Com base na revisão da literatura, no estudo do catálogo de transparência (CAPPELLI, 2009) e do Modelo de Acessibilidade (EMAG, 2014), e das entrevistas com os cegos foram propostos: um Catálogo de Entendimento de Informações Gráficas para Cidadãos Cegos, contendo a definição de operacionalizações e mecanismos de implementação de características de transparência da informação; e um Guia de utilização desse catálogo, para que os profissionais envolvidos na disponibilização de informações gráficas possam torná-las mais inteligíveis aos cegos. O catálogo e o Guia foram validados com os analistas participantes, onde foram revisadas às operacionalizações e os mecanismos de implementação para atender as necessidades de implementação desses analistas.
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